A Phebo está com uma linha de perfumaria toda bonitona. Não estou falando das Águas, nos frascos coloridos, mas os perfumes, nuns frascos art déco que são lindos. Já são 10 fragrâncias no total. Testei todos eles semana passada depois que o Guilherme, leitor do site, puxou minha orelha — obrigado, Gui! Muaná, da ala masculina, é o grande favorito, e tenho uma boa e uma má notícia.
A má é que ele não é original. É só comparar lado a lado pra ver que tem muito de Yohji Homme ali. A boa é que está muito bem feito e um frasco de 100 ml custa R$175,50. E R$175,50, como você sabe, é o novo de graça para perfumes.
O começo é com a suavidade verde, quase doce e quase floral da folha de violeta, que você conhece de Fahrenheit, em cima de um tema clássico de perfumaria masculina.
Isso quer dizer lavanda, tomilho e sálvia num efeito verde escuro, herbal, mentolado, que dá uma lembrança de barbearia e de produtos masculinos como pós barba e gel de cabelo. É só uma lembrança, nunca chega a ficar de peito cabeludo, o efeito total é refinado, bem acabado. E suficientemente diferente dos produtos masculinos de farmácia pra não dar tédio.
Em contraponto a esse verde frio tem um acorde untuoso, cálido, com acento de anis. Que dá um ponto de doçura e arredonda as pontas do acorde masculino, afastando ele da tradição dos perfumes aromáticos. Passadas várias horas aparece um efeito amadeirado amargo, que lembra couro, e é aqui que ele é diferente de Yohji Homme novamente.
É um perfume de contrastes, pra quem gosta de um ponto de calor no que usa e aceita alguma doçura discreta. E a duração na pele é bastante boa.
Mulheres: vai funcionar super bem pra quem não se encontra no tanto de caramelo e algodão doce que infesta a prateleira feminina, e também não tá afim de um masculino tradicional. Num próximo artigo comento sobre os favoritos entre os femininos. Só mostrando os frascos: