Falar de perfume nacional é pedido antigo de quem acompanha o site — o Isac foi um dos leitores que me lembro agora. A distribuição é mais generosa e é o que todo mundo usa (ou você acha que o Brasil é o maior mercado de perfumaria por conta dos importados?) Organizar a recomendação de perfumes num serviço foi o empurrão que faltava: tenho que saber apontar coisas escolhidas, pinçadas do mercado, em todas as faixas de preço. Afinal a intenção é ficar dentro do orçamento de quem contrata. E por onde começar?
O pessoal que acompanha no Facebook ajudou. Fui atrás de todos os citados, atualmente estou testando os mais comentados da Natura. Kriska foi de cara um dos meus favoritos.
É despretensioso, bem feito e divertido. Despretensioso + divertido são um combo irresistível num perfume (em tudo, na verdade) — com tanta coisa querendo ser tanto (e não conseguindo), quem faz o objetivo mais razoável e corre para alcançar, se dá melhor. Fora isso, quantos perfumes se pode chamar de divertido?
Kriska é uma mistura de rosa, morango, cereja, fazendo um lado frutado sob controle, sem avalanche gourmand. Numa base de almíscar, baunilha e fava tonka — cremosa, leitosa, com um toque talcado. Para além de soletrar nota, o que importa é que cheira como bala 7 Belo: rosinha e cremosa, com o conforto de ser familiar. É envolvente, morno, confortável de usar, só com um lado adocicado — é um tico mais adulto que um floral-frutal doção. Um quase comestível, sem medo de parecer feito pelo homem, sem necessidade de ser fresca-limpa-tomada-banho. Tem boa fixação, projeção e ótimo preço.
Você também ajuda me contando nos comentários quais os seus perfumes nacionais mais queridos — desde que seja os ainda fabricados, assim posso recomendar na consultoria. E muito obrigado 😉