Livro: A Perfect Scent (Chandler Burr)

Este é o livro culpado por esse blog. Chandler Burr sabe contar uma boa história e entende do assunto, me fisgou. Foi crítico de perfumes do New York Times por 4 anos, deixou o posto em 2010 para ser curador de arte olfativa no Museum of Art and Design, na mesma cidade. Sua primeira exposição, The Art of Scent, está aberta até 24 de fevereiro. Você pode ler algumas colunas traduzidas por Erika Brandão no UOL, nesse link.

Perfect Scent

O livro conta a criação de dois perfumes: Lovely, da Sarah Jessica Parker, e Un Jardin sur le Nil para a Hermès, a cargo do perfumista Jean Claude Ellena — é nesse momento que a companhia contrata Ellena para ser seu perfumista exclusivo, história também retratada no livro.

A vontade de Parker é criar um perfume nada Lovely. Ela já tinha desenvolvido  — aspas — seu próprio perfume de uso diário, que consiste na combinação de três produtos: uma demão de colônia de farmácia, uma demão de um óleo egípcio bem suspeito, comprado de uma barraca no centro de Manhattan, uma espirrada do Incense Avignon (Comme des Garçons), que é o cheiro do incenso da missa católica. Fazem ela desistir na primeira reunião, claro, mas vale para entender de que engrenagem vem os perfumes em geral.

Em paralelo, acompanhamos Ellena do briefing ao lançamento, passando por todos os meandros e angústias de criação. A viagem de apresentação do perfume é para Aswan, no Egito, para mostrar a ilha no Nilo que inspirou o perfume. É para rir de vergonha alheia tamanho o tédio dos jornalistas. No meio de tudo isso tem insights sobre a profissão de perfumista, comentários, comparação de perfumes, explicações sobre moléculas odorantes. Moléculas odorantes não faz parecer legal, mas prometo que é. Para ler e animar com o assunto, fazendo uma lista, depois correr para a loja cheirar.

Primeira página do livro, clique para ampliar.

Primeira página, clique para ampliar.

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