O gourmand que ousou dizer seu nome. Quando chegou a caixa de amostras da Vanessíssima, só precisou cortar um lado da fita crepe ele já estava lá, um cogumelo atômico cor de rosa saindo pela fresta e disposto a tomar conta da casa. O nome não poderia ser mais descritivo. Depois da saída com qualquer coisa levemente cítrica, essa é uma história sobre morangos cobertos com açúcar, algodão doce e açúcar caramelado — e não sei se devo corrigir essa redundância. Tem aquela impressão de açúcar derretido que cola no dente, como o Prada Candy, que faz querer sentir a toda hora e dá um pouco de “borda” para o perfume. Isso ajuda a segurar a impressão de que o perfume vai engolir quem usa, matando por sufocamento, como seria o caso de um talcado extra doce. La Vie est Belle, estou olhando para você.
Sem dúvida é fácil perder a mão no uso mas Pink Sugar, numa simplicidade de alta caloria, é mais fácil de usar que Angel, que tem graça na batalha de informações conflitantes. É o perfume que faz todo sentido quando se quer proteger de um dia feio e frio, e que todo mundo vai usar como se fosse água de colônia, as 9 da manhã de um janeiro qualquer. É delicioso na sua despretensão e ao mesmo tempo que soa divertido, é bem acabado, com duração eterna e ótima projeção. Um dos melhores gourmands por aí, com preço excelente.
Foto: Ricardo Giacomoni via Flickr Creative Commons