A gigantesca Givaudan, que produz matérias primas, que cria e fabrica perfumes para as marcas que conhecemos, fez um site especial sobre o patchuli. É uma das matérias primas mais fascinantes da perfumaria, com camadas que vão do amadeirado ao canforado, passando por terra molhada, e que conquistou o mundo via hippies nos anos 60/70. O site apresenta vários vídeos interessantes sobre aspectos históricos, de produção e criativos.
Foto: a colheita do patchuli, patchouli.givaudan.com
Quem faz um apanhado histórico é Jean Guichard, diretor da escola de perfumaria que a Givaudan mantém. Apesar de ser classificado como madeira (segundo aspectos olfativos), o óleo essencial é extraído da folha seca deste arbusto, em campos na Malásia e Indonésia. Ficamos sabendo que na Inglaterra vitoriana, tecidos luxuosos eram enviados da Índia envolvidos em folhas de patchuli — seu odor canforado espanta insetos e parasitas. A perfumista Calice Becker, de Dior J’Adore, oferece um texto sobre a importância do patchuli na evolução do chypre moderno:
Hoje o acorde [chypre] segue evoluindo; mais perfumístico e feminino, mas ainda distintamente presente, como você pode sentir em Coco Mademoiselle, de Chanel, e Narciso for Her, de Narciso Rodriguez. Patchuli substitui o musgo de carvalho nas fórmulas contemporâneas, e, por associação, o acorde patchuli/ âmbar/ rosa (e ou) jasmim define o chypre atual.
Não é pena nenhuma dar uma olhada neste link aqui.