Hashtag #polêmica! Cabelo é sabidamente um lugar legal para perfume: a cabeça é um ponto quente do corpo, o que ajuda a difusão, reforçada pelo movimento do cabelo comprido, e os fios parecem agarrar os óleos, fazendo com que a duração seja ótima. Cabeleireiros vão discordar dizendo que cabelo não gosta de álcool. Espíritos aventureiros podem arriscar uma borrifada de vez em quando, ou ainda outro truque: espirrar o perfume na escova e pentear (e ter uma escova para cada perfume?) Será que dá para ter o melhor dos mundos?
Grace Coddington e seu mega cabelão. Foto de Valentine Avoh
Algumas marcas lançaram versões de seus mais vendidos em base silicone, chamados hair mist ou brume pour les cheveux. Aí sim, tudo certo: cabelo gosta de silicone. São variações mais leves, fáceis de usar. É neles que aposta Marco Antonio de Biaggi: “O mais recomendado é usar produtos criados especificamente para esse fim. Mas, já li que depois de fazer escova pode borrifar um jato de perfume há uma distância de 30 centímetros dos fios. Não recomendo para as minhas clientes, mas acho que colocar um pouquinho na nuca, atrás, é ótimo,” conta. E a nuca tem o bônus de não sufocar: aplicando longe do nariz você não sente o perfume o tempo todo. Assim o nariz não se acostuma e você é surpreendido quando o perfume aparece.
Frederic Malle conta que não queria fazer uma versão light de Carnal Flower, que é um floral gigantesco. Resolveu pelo perfume para o cabelo. Uma amiga usa essa versão e ela é de fato mais leve que o original. Contou que a duração é excelente, até o dia seguinte, mas que tem que ter cuidado para aplicar de forma difusa: se o jato for concentrado numa área pequena o cabelo fica com aspecto molhado e pesado.
Já vi por aí versões de Thierry Mugler Angel, Dior J’Adore, Miss Dior, de um perfume L’Occitane. No exterior é possível encontrar também de Guerlain La Petite Robe Noire e de Chanel Coco Mademoiselle.
Você usa perfume no cabelo? Qual sua experiência e jeito de aplicar?